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Os benefícios da Música Infantil.

A música infantil pode beneficiar seu filho em muitas áreas — linguagem, matemática, concentração e habilidades sociais, só para citar alguns! Sempre que possível, ouçam música juntos, cantem músicas, joguem jogos rítmicos, vão a shows ou elaborem seus próprios instrumentos com materiais recicláveis, brinquedos de montar, etc.

Dessa forma, quer seu filho aprenda ou não um instrumento musical, tente expor seu filho à música o máximo possível e aproveite os muitos benefícios!

Aprender música ajuda a desenvolver o lado esquerdo do cérebro (relacionado à linguagem e ao raciocínio), auxilia no reconhecimento de sons, expressão corporal e ensina ritmo e rima. As músicas também podem ajudar as crianças a lembrar informações, como as músicas populares infantis ou as músicas para educação infantil

O que é musicalização infantil?

O principal objetivo da musicalização é despertar o gosto pela música, além de aproveitar todas os benefícios que a música traz para o desenvolvimento e também para a educação emocional.

As músicas populares infantis são ricas em conteúdo tradicional, ensinam rimas e trazem o gosto de pertencimento as crianças. A musicalização na educação infantil é muito utilizada pelos educadores como parte fundamental dos conteúdos escolares. Ela também serve para dividir os momentos na escola: música para a hora da leitura, música sobre lavar as mãos, ir para o lanche, ir embora.

Além de promover o conhecimento da tradição e da cultura, a musicalização atua também no desenvolvimento da linguagem.

Principais músicas populares infantis.

Algumas das principais músicas populares infantis e que podem ajudar a criar repertório para a criança são:

  • Linda Rosa Juvenil.
  • Ciranda, cirandinha.
  • Música do alfabeto.
  • Samba Lelê.
  • Dona Aranha.
  • Boi da cara preta.
  • O sapo não lava o pé.
  • Escravos de Jó.
  • Ursinho Pimpão.
  • Meu Lanchinho.
  • Borboletinha.
  • A Barata diz que tem.

Lembre-se de cantar com a criança, não apenas deixá-la ouvindo no celular ou no tablet. É importante que a criança percebe que as músicas que ela está aprendendo são importantes para a família toda e que todos “gostam” do que ela canta.

A maioria das crianças pequenas começa a demonstrar muito interesse nas músicas infantis a partir dos 2 anos. Aproveite esse pontapé inicial e incentive-a a cantar, dançar e expressar-se através da música.

Benefícios da música infantil

Os benefícios da música são tão grandes, que inúmeras mamães começam a ouvir determinadas músicas ainda com o bebê na barriga. Outras, escolhem a música para o momento do parto. Nossa vida está sempre cercada de sons e a criança que cresce num ambiente rico musicalmente acaba por se beneficiar e muito. A seguir confira em detalhes os principais benefícios da música infantil.

  1. Desenvolvimento do cérebro.

Estudos em neurociência mostram que a música pode melhorar a função cerebral em crianças. Atividades musicais em geral, como tocar um instrumento, cantar ou apenas ouvir música estimulam o cérebro, e esse treino cerebral leva a uma estrutura cerebral melhorada com a formação de novas conexões neurais.

  1. Habilidades de linguagem.

Estudos também mostram que crianças pequenas que participam de aulas de música melhoram o desenvolvimento da fala e aprendem a ler com mais facilidade.

  1. Matemática.

Pouca gente sabe, mas a música ajuda também nas habilidades matemáticas! Reconhecimento de frações, padrões e resoluções de problemas são habilidades estimuladas na musicalização e que são úteis na aprendizagem de matemática.

  1. Inteligência espacial.

As crianças que estudam música também melhoram a inteligência espacial e a capacidade de formar imagens mentais de objetos, exercitando o cérebro.

  1. Memória, atenção e concentração.

A música pode ser forte aliada para crianças com diagnóstico de TDAH, pois ajuda na melhora de habilidades de memória e concentração, já que requer níveis significativos de concentração, treinando as crianças para focar sua atenção por períodos prolongados.

  1. Maior coordenação.

Assim como praticar esportes, brincar e dançar música infantil ajuda as crianças a desenvolver suas habilidades motoras. Fazer música envolve mais do que a voz ou os dedos; você também usa ouvidos e olhos, bem como músculos grandes e pequenos, tudo ao mesmo tempo. Isso ajuda o corpo e a mente a trabalharem juntos.

  1. Disciplina e habilidades sociais.

Para aprender e treinar música, a criança é levada a praticar a autodisciplina para alcançar os objetivos. Reservar um tempo regular para a prática desenvolve comprometimento e paciência. Além disso, aprender a fazer música com outras pessoas (como em uma banda ou coral) melhora as habilidades sociais e emocionais das crianças, além de proporcionar novas amizades.

Em suma, além de inúmeros benefícios, a música infantil é divertida e única. Enche de alegria e proporciona grandes momentos na vida da criança.

O que é alienação parental.

Relações humanas são complicadas e a alienação parental x abandono é fruto de uma relação ruim entre um ou mais adultos em um relação. Uma situação da qual a criança não tem nenhuma culpa, mas acaba ficando no meio do “fogo-cruzado” e sendo a principal prejudicada.

A alienação parental acontece quando um adulto utiliza-se de seu vínculo com a criança para manipulá-la ou induzir sua opinião a respeito de um de seus genitores (pai ou mãe). Além de ser uma forma de abuso emocional, o assunto é tão sério que o Projeto de Lei 2354/22 altera a Lei de alienação parental para serem punidos com prisão de 3 meses a 3 anos os responsáveis por ação ou omissão que permita a alienação parental.

A alienação parental é uma dinâmica familiar particular que pode surgir durante o divórcio, quando a criança se torna excessivamente hostil e rejeita sempre um dos pais. Essa hostilidade pode envolver dinâmicas muito ruins sobre as quais advogados e juízes de varas de família devem estar atentos.

Sinais de alienação parental.

Quando há alienação parental a criança dá sinais muito claros de que algo está acontecendo. Esses sinais podem ser investigados e, se comprovada a alienação, é preciso que os advogados da parte alvo peçam a revisão de guarda da criança. São eles:

1. A criança expressa um ódio implacável por um dos pais.

2. A linguagem da criança repete a linguagem do alienador. É nítido que a criança está repetindo trejeitos e expressões ditas por um adulto e não pensou ou concluiu aquilo sozinha.

3. A criança passa a rejeitar as visitas de um de seus pais. E, quando visita, volta com raiva ou com sentimentos de ódio.

4. A criança não consegue ter ambivalência nos seus sentimentos, são sempre sentimentos de raiva.

5. A criança não demonstra culpa ou nenhum outro sentimento por ter ódio de um dos pais.

Efeitos da alienação parental nas crianças.

Como já dissemos, a alienação parental é uma forma de abuso emocional infantil e o impacto potencial desse abuso na vida de uma criança pode ser devastador.

Alguns dos efeitos frequentemente listados da alienação parental já foram relatados em vários casos de investigação de bem-estar infantil, incluindo:

  • capacidade prejudicada de estabelecer e manter relacionamentos futuros;
  • perda de autoestima da criança;
  • perda de autorrespeito;
  • a evolução da culpa, ansiedade e depressão sobre seu papel na destruição de seu relacionamento com um dos pais, anteriormente amado;
  • falta de controle dos impulsos (a agressividade pode se transformar em comportamento frequente);
  • problemas educacionais, notas baixas e problemas de comportamento na escola.

Diferença entre alienação parental x abandono.

A principal diferença entre alienação parental x abandono, é que quando há um alienador, ele está afastando a criança de propósito de um de seus genitores, criando nela uma sensação de raiva e ódio.

No entanto, quando falamos de abandono parental ou abandono afetivo o que temos é um dos genitores deixando de prover, por vontade própria, seu tempo, carinho, cuidados e atenção para a criança. E no caso do abandono parental há ainda o agravante da total falta de suporte financeiro e/ou emocional para a criança. Ou seja: o genitor não está cumprindo seus deveres de pai.

Apesar de gravíssimo, o abandono paterno infelizmente não é raro. Estima-se que no Brasil, só em 2020, 6% das 1.280.514 crianças nascidas foram registradas apenas com o nome das mães em suas certidões.

Como somos seres vulneráveis desde nascimento, tanto de cuidados físicos, quanto de afeto, precisamos de contato e carinho, e o abandono parental é algo que marca e influencia no crescimento da criança. O psicanalista René Spitz investigou como a separação precoce da criança de sua mãe afeta fortemente a criança, podendo deixá-la doente e depressiva.

Com relação ao afeto, precisamos lembrar que o mundo corrido não deve nos atropelar e deixar de perceber nossas crianças, suas necessidade de atenção e seus pequenos progressos diariamente. Eles precisam dessa presença sempre. E mesmo em meio à rotina de trabalho muito apertada, vale a máxima da qualidade ao invés de quantidade: é muito melhor promover um tempo de qualidade com seu filho, sem nenhuma outra distração, do que nada.

Em suma, a criança deve estar sempre como prioridade sobre os interesses do casal, mesmo que estes possam estar abalados.

Quais são os tipos de temperamento?

Você já ouviu falar de tipos de temperamento? Conhece o seu ou o do seu filho? Se ainda não tinha ouvido falar, vamos aguçar a sua curiosidade e explicar melhor agora.

Basicamente, são quatro os tipos de temperamento existentes. Eles não necessariamente definem o que uma pessoa é o tempo todo, mas ajudam a compreender como ela lida com o mundo e com os acontecimentos. Quando conhecemos o temperamento da criança e entendemos a linguagem correta para falar com ela, de maneira que ela entenda e que não aumente suas frustrações, por exemplo, teremos uma comunicação muito mais eficiente e uma relação mais eficaz, sem ruídos ou desavenças frequentes.

Se você já assistiu ao filme Divertida Mente, sabe que todos os sentimentos são importantes e não existem “sozinhos”. Tanto a alegria quanto a tristeza se completam e coexistem no mesmo indivíduo, isso é saudável e esperado. Bom, o mesmo também acontece com os temperamentos. A pessoa pode ter a presença marcante de mais de um, simultaneamente, mas haverá sempre aquele em destaque. Vamos entender melhor?

Os quatro tipos de temperamento.

Existem quatro tipos de temperamento (cada um ligado a um elemento natural – ar, terra, fogo e ar) e eles estão diretamente ligados às reações que as pessoas têm perante algo (um problema, uma situação inesperada, por exemplo). Entender que o comportamento da criança está ligado a seu temperamento é um passo importante para regular a comunicação e lidar com ela.

No entanto, vale lembrar que os temperamentos não são desculpa nem caixinhas onde rotulamos as pessoas. Frases como “Sou colérico, não sei lidar com a raiva” não ajudam em nada. Mesmo que haja uma maior dificuldade em lidar com as coisas por conta de seu temperamento, é necessário trabalhar essas características para conviver socialmente.

Também vale lembrar que crianças estão em formação e desenvolvimento e, por isso, ainda estão aprendendo — precisam de atenção e da presença dos pais ajudando-o a compreender o mundo e seu papel nele.

1. Temperamento Melancólico.

O elemento natural do melancólico é a terra, portanto as crianças com esse temperamento são movidas por desafios árduos, gostam de se aprofundar e entender as coisas ao redor. Nem sempre fazem amizades com facilidade, preferem observar e tentar entender. Em novos ambientes, demoram para se soltar ou às vezes preferem ficar perto de pessoas já conhecidas.

Suas principais qualidades são a concentração e a resistência. Costuma ter autoconfiança e serem analíticos.

Principais características: ansioso, preocupado, desconfiado, sério, pensativo.

2. Temperamento Colérico.

O colérico tem como elemento o fogo, são entusiasmados e gostam de tudo que enche os olhos. Quanto mais grandioso for algo, mais interessado ele ficará.

A criança colérica não pensa muito antes de agir, geralmente é impulsiva e muito autêntica. Como tem muita energia, tem dificuldades em manter-se calmo em várias circunstâncias. Perante a raiva, precisa parar e respirar antes de agir impulsivamente.

Principais características: acelerado, egocêntrico, exibicionista, cabeça-quente, teimoso, ativo.

3. Temperamento Sanguíneo.

É possível perceber uma criança com temperamento sanguíneo desde a primeira infância. Desinibidos e falantes, gostam de envolver a todos ao redor, já que seu elemento é o ar, que tudo envolve. Num parque ou numa festa, rapidamente fazem amizades e brincam sem dificuldade mesmo com crianças que acabaram de conhecer.

São simpáticos por natureza e gostam muito de conversar com os outros. Têm bastante dificuldade de concentração, se distraem com facilidade.

Principais características: falante, esperançoso, extrovertido, sociável, descuidado.

4. Temperamento Fleumático.

O fleumático tem como elemento símbolo a água. Costuma reparar características e ter impressões, às vezes precipitadas, dos outros. O fleumático não costuma interagir e socializar muito com as pessoas, prefere ficar mais concentrado, mesmo num ambiente lotado.

Dos quatro tipos de temperamento, este é o que costuma agir com bastante concentração e envolvimento. É naturalmente introspectivo e reflexivo. São muito estratégicos. As crianças fleumáticas interessam-se por brincadeiras que envolvam muito planejamento como atividades com robótica ou montagem de peças.

Principais características: razoável, de princípios, persistente, controlador, calmo, concentrado.

Como dissemos anteriormente, a criança pode ter mais de uma característica marcante, de mais de um temperamento. Mas geralmente há um dominante, que é aquele que se percebe com mais clareza nas atitudes e comportamentos da criança.

Entender os tipos de temperamento e identificar tanto o seu, quanto o do seu filho vai ajudar muito na comunicação e no relacionamento de vocês no dia-a-dia.

As melhores atividades lúdicas.

Em dúvida sobre quais as melhores atividades lúdicas para brincar com seu filho? Aqui separamos não apenas dicas valiosas, como também vamos entender melhor como as brincadeiras infantis são importantes para a criança.

Tão natural quanto respirar, para a criança, é a necessidade de brincar. Desde que começa a perceber o mundo, a criança começa a brincar com ele. Incentivar a criança é primordial para seu desenvolvimento, socialização e comunicação. Ou seja: brincar coloca a criança em perspectiva, permite seu crescimento e ativa suas conexões cerebrais da melhor maneira possível: com diversão!

Para entender melhor o mundo das atividades lúdicas, lembre-se que você como mãe, pai, cuidador ou educador, precisará colocar a criança no centro desse processo de aprendizagem tao especial: o do brincar.

Quais são as melhores brincadeiras infantis?

Para Gandhy Piorski, educador e autor de “Brinquedos do chão”, a imaginação é o grande tesouro da criança, mas infelizmente, muitas vezes, podamos essa capacidade da criança de compreender o mundo através de sua sensibilidade, ofertando a ela brinquedos “prontos” que não exercitam seu pensamento ou criatividade.

Piorski defende que a imaginação da criança deve ser preservada e estimulada desde a primeira infância, para que não “atrofie”. Um dos principais riscos é a adultização precoce da criança. Para evitar isso, é preciso deixar a criança brincar muito. Com a vida, com o chão, com a natureza, com atividades lúdicas significativas e não necessariamente com vários brinquedos comprados.

Ideias de atividades lúdicas e sua importância.

Entre as principais atividades lúdicas podemos citar algumas que além de serem muito divertidas, ajudam no desenvolvimento cognitivo da criança e em seu crescimento.

1. Desenho

Uma das principais atividades que a criança produz na infância é desenhar. Deixe à disposição da criança gizes de cera (para crianças muito pequenas, utilize aqueles bem grandes, conhecido como “gizão”) e, se possível, um cantinho com folhas A3 (também grandes) para que a criança possa começar a traçar seus primeiros projetos.

Deixe-a livre para criar, mas se ofereça para desenhar junto ou apenas estar por perto. Faça perguntas norteadoras para que a criança vá “explicando” o que está fazendo. Além de treinar a imaginação, a criança treina vocabulário e comunicação também.

2. Pintura e Colagem

Pintura e colagem são excelentes meios de proporcionar um momento muito agradável e criativo. Para estimular ainda mais, leve as crianças para lugares abertos, brinquem de desenhos e pinturas de observação. Para crianças pequenas a dica é pintura com os dedinhos (há tintas específicas para essa faixa etária, própria para pintura com os dedos).

3. Cantigas de roda

Música é algo muito importante na primeira infância. Sempre que possível, leve a criança para algum parque ou espaço ao ar livre para brincar com cantigas. Pode ser cantiga de roda ou mesmo aquelas que envolvem comandos como “Seu mestre mandou” ou “Gato e rato — que horas são?”, etc.

Outra dica legal é cantar músicas relacionadas à natureza ou ao clima. Assim a criança vai entrando em contato com as condições climáticas e vocabulário relacionado à natureza. Aproveitem também para colher folhas e pedras, montar desenhos no chão com gravetos, tocar a grama e a terra.

4. Massinha de modelar

Crianças gostam muito de criar e a massinha é uma ótima ferramenta para isso. Cores variadas e a textura são um extra que estimulam os sentidos e também a coordenação motora da criança.

5. Teatro de fantoches

Uma ótima maneira de contar histórias através de atividades lúdicas é utilizando fantoches e bonecos. Também vale a pena pedir para a criança participar, contando e criando junto. Elas adoram!

6. Mímica

Um jogo muito divertido é o de mímica que, além de reunir amigos e família num momento muito agradável e divertido, proporciona o exercício da imaginação, do pensamento lógico e da construção argumentativa. É possível brincar em todas as idades, mas crianças a partir dos 5 anos conseguem compreender e participar melhor.

Independente da atividade lúdica que você escolher, lembre-se de valorizar esses momentos de brincadeiras com seu filho, pois são muito valiosos, não apenas para o desenvolvimento da criança como também para estreitar cada vez mais os laços afetivos entre vocês. E essas lembranças serão muito importantes para ela no futuro.

Como fazer a introdução alimentar.

Quando chega época da introdução alimentar é comum que surjam muitas dúvidas sobre como fazer seu bebê começar a comer. Tudo é muito novo para o recém-nascido (e também para a mamãe!), portanto o processo pode ser mais demorado e às vezes mais frustrante do que você espera. Portanto, o ideal é começar gradualmente, e com bastante paciência.

A OMS recomenda que as crianças sejam introduzidas a outros alimentos além do leite materno ou fórmula infantil quando tiverem cerca de 6 meses.

Algumas mães, por terem de voltar ao trabalho, desejam começar a introdução alimentar mais cedo. Isso infelizmente acaba apressando as coisas e não é recomendado. O ideal é que a criança tenha seis meses completos e apresente alguns sinais de autonomia e desenvolvimento como veremos a seguir.

Sinais de que o bebê está preparado para a introdução alimentar.

Como dissermos anteriormente, a introdução alimentar antes dos 6 meses não é recomendada, pois considera-se que a criança ainda é muito pequena e não esteja preparada para isso e, além disso, só o leite materno fornece ao bebê tudo o que ele precisa nesse período da vida.

O desmame precoce é o abandono precoce parcial ou total do aleitamento materno antes do sexto mês e acontece por diversos fatores. No Brasil, a média de aleitamento materno exclusivo é de 54 dias, o que é muito pouco diante da recomendação da OMS de seis meses exclusivos e, se possível, manter a amamentação até os dois anos da criança.

No entanto, cada criança é diferente e cada realidade familiar também é. Então como saber se seu filho está pronto para outros alimentos além do leite materno ou da fórmula infantil? Bem, alguns sinais podem ajudar a dar pistas se já é hora de começar a introdução alimentar. Observe se:

  • A criança já se senta sozinha ou com apoio.
  • Controla a cabeça e o pescoço.
  • Abre a boca quando o alimento é oferecido.
  • Leva com frequência objetos à boca.
  • Tenta pegar a comida, brinquedos ou outros objetos próximos.
  • Engole a comida ao invés de empurrá-la de volta para o queixo.

Nas consultas de rotina, o pediatra fará perguntas a respeito desses sinais de desenvolvimento e indicará se o bebê já está apto para começar a introdução.

Introdução alimentar BLW.

Após perceber os sinais de que o bebê já está pronto para começar, é hora de colocar em prática a estimulação da criança com relação à comida.

Algumas mães aproveitam esse período de introdução de alilmentos para iniciar o desmame gentil, que é o desmame gradual e totalmente sem pressa. Pode levar muito tempo, inclusive. Mas é importante para que a criança percebe que agora pode se alimentar de outras coisas e que passará a sentir novos sabores e texturas além do leite.

O método  baby-led weaning(blw) é caracterizado por bebês que se alimentam de pequenos pedaços de alimentos macios que podem pegar de forma independente. Eles sentem as texturas, percebem as cores e são livres para experimentar aos poucos.

Os defensores desse método afirmam que ele oferece benefícios como melhor regulação do apetite e treino das habilidades motoras.

Com o BLW, em vez de comprar ou fazer alimentos específicos para alimentar seu bebê, você prepara a mesma refeição para toda a família, com as modificações necessárias para a criança. Assim, ela saboreia a mesma comida que todos na casa, com adaptações necessárias, mas não comerá nada totalmente diferente dos outros. Fica muito mais fácil incorporar os hábitos alimentares do bebê aos da família, dessa forma, aos poucos.

Benefícios do BLW

  • Economia de tempo e dinheiro: Reduz o tempo de preparação da refeição porque todo mundo está comendo coisas semelhantes.
  • O bebê interage com a família na mesa, no momento das refeições.
  • O bebê é exposto a diversos alimentos, além de sabores e texturas.
  • Ajuda a aprimorar importantes habilidades de desenvolvimento.
  • Permite que o bebê ative seu próprio apetite.

Quais os primeiros alimentos do bebê?

Geralmente, no início da introdução alimentar o pediatra vai recomendar a ingestão de:

  • Alimentos sempre frescos e naturais.
  • Frutas com sabor agradável e de fácil digestão: banana, mamão, abacate. No sistema BLW você pode cortar um pedaço da fruta num tamanho que facilite o bebê segurá-la e manipulá-la com suas próprias maozinhas. Ofereça aos poucos, uma por vez durante três dias, para a criança se acostumar.
  • Os primeiros legumes, como a cenoura ou a batata-doce. Não precisam ser oferecidos só como purezinho, uma vez cozinhados no vapor ou com pouca água, se oferece os pedaços para o bebê manipulá-lo, por isso os mesmos devem estar bem macios.

Gradualmente, o pediatra recomendará novas combinações e variações de alimentos, poucos conhecem o método do BLW, por isso para quem deseja iniciar a alimentação do seu bebê por esse estilo, pode buscar um profissional de nutrição que trabalhe com o método para melhor orientação.

Sempre tenha calma e paciência, pois se no começo a introdução alimentar parece um bicho de sete cabeças, aos poucos você vai perceber que ela é mais simples do que se imagina. É importante que o bebê esteja sempre na presença de um adulto sendo supervisionado nessas ocasiões por segurança, além de ser também muito gratificante ver o bebê comendo e sentido alegria com a hora da comida.

IMC Infantil: como é calculado.

O IMC Infantil é um dado muito importante na vida das crianças e dos adolescentes desde seu nascimento, já que ele demonstra se algo não está correto com relação ao peso.

O Índice de Massa Corporal Infantil (IMC Infantil) é o número que se obtém ao relacionar a altura e o peso de alguém. Ou seja, é uma medida importante para acompanhar o peso de uma pessoa, se está adequado com sua altura e idade. Os índices para crianças e adolescentes, no entanto, seguem um padrão próprio.

Preparamos a seguir um tira-dúvidas para você entender melhor do que se trata ao IMC Infantil.

Como é calculado o IMC infantil?

O cálculo do IMC Infantil é feito dividindo o peso da criança por sua altura ao quadrado, (IMC = peso / (altura x altura)), e é dado em kg/m2.

O pediatra geralmente registra os dados numa calculadora virtual que relaciona os números obtidos com a idade de criança. Essa checagem é feita em todas as consultas com o pediatra. No primeiro ano de vida essas consultas são mensais, mas depois o período de visita ao médico se torna mais espaçado.

Após esse cálculo, deve-se checar se o número obtido está nos valores ideais; ou seja, o que é esperado para a faixa correspondente. Isso é visto em formato de gráfico (há um gráfico para meninos e um gráfico para meninas). Esse gráfico está disponível na carteira infantil que todas as crianças nascidas no Brasil recebem. Neste livreto, é possível acompanhar não apenas o peso e desenvolvimento da criança como também registrar todo o esquema vacinal.

Já quem opta por passar a criança num pediatra particular, provavelmente verá este gráfico digitalmente. Das duas formas, será possível acompanhar se a criança está se desenvolvendo corretamente.

Se a criança obtiver um número menor ao esperado, pode estar desnutrida ou com anemia, por exemplo. Já se o contrário acontecer e o número foi muito superior ao esperado para a faixa etária da criança, isso pode indicar obesidade. O risco que se corre é, entre outras coisas, de desenvolver diabete ou pressão alta.

Nas duas hipóteses, o pediatra pode encaminhar a criança para um nutricionista ou mesmo para um endocrinologista, além de sugerir mudanças nos hábitos de vida e na alimentação da criança.

Quais são os valores ideais?

Para saber se o IMC infantil está em valores ideais, compara-se o resultado obtido em kg/m2 com a idade e o gênero da criança.

Os valores de referência são:

Meninos

  • 06 anos – Normal 14,5 kg/m2 – Sobrepeso mais de 16,6 kg/m2 – Obesidade mais de 18,0 kg/m2
  • 07 anos – Normal 15,0 kg/m2 – Sobrepeso mais de 17,3 kg/m2 – Obesidade mais de 19,1 kg/m2
  • 08 anos – Normal 15,6 kg/m2 – Sobrepeso mais de 17,7 kg/m2 – Obesidade mais de 20,3 kg/m2
  • 09 anos – Normal 16,1 kg/m2 – Sobrepeso mais de 18,8 kg/m2 – Obesidade mais de 21,4 kg/m2
  • 10 anos – Normal 16,7 kg/m2 – Sobrepeso mais de 19,6 kg/m2 – Obesidade mais de 22,5 kg/m2
  • 11 anos – Normal 17,2 kg/m2 – Sobrepeso mais de 20,3 kg/m2 – Obesidade mais de 23,7 kg/m2
  • 12 anos – Normal 17,8 kg/m2 – Sobrepeso mais de 21,1 kg/m2 – Obesidade mais de 24,8 kg/m2
  • 13 anos – Normal 18,5 kg/m2 – Sobrepeso mais de 21,9 kg/m2 – Obesidade mais de 25,9 kg/m2
  • 14 anos – Normal 19,2 kg/m2 – Sobrepeso mais de 22,7 kg/m2 – Obesidade mais de 26,9 kg/m2
  • 15 anos – Normal 19,9 kg/m2 – Sobrepeso mais de 23,6 kg/m2 – Obesidade mais de 27,7 kg/m2

Meninas

  • 06 anos – Normal 14,3 kg/m2 – Sobrepeso mais de 16,1 kg/m2 – Obesidade mais de 17,4 kg/m2
  • 07 anos – Normal 14,9 kg/m2 – Sobrepeso mais de 17,1 kg/m2 – Obesidade mais de 18,9 kg/m2
  • 08 anos – Normal 15,6 kg/m2 – Sobrepeso mais de 18,1 kg/m2 – Obesidade mais de 20,3 kg/m2
  • 09 anos – Normal 16,3 kg/m2 – Sobrepeso mais de 19,1 kg/m2 – Obesidade mais de 21,7 kg/m2
  • 10 anos – Normal 17,0 kg/m2 – Sobrepeso mais de 20,1 kg/m2 – Obesidade mais de 23,2 kg/m2
  • 11 anos – Normal 17,6 kg/m2 – Sobrepeso mais de 21,1 kg/m2 – Obesidade mais de 25,9 kg/m2
  • 12 anos – Normal 18,3 kg/m2 – Sobrepeso mais de 22,1 kg/m2 – Obesidade mais de 25,9 kg/m2
  • 13 anos – Normal 18,9 kg/m2 – Sobrepeso mais de 23,0 kg/m2 – Obesidade mais de 27,7 kg/m2
  • 14 anos – Normal 19,3 kg/m2 – Sobrepeso mais de 23,8 kg/m2 – Obesidade mais de 27,9 kg/m2
  • 15 anos – Normal 19,6 kg/m2 – Sobrepeso mais de 24,2 kg/m2 – Obesidade mais de 28,8 kg/m2

Dados Hospital Santa Helena

IMC Infantil e os hábitos.

Quando os valores do IMC infantil estão fora dos valores ideais, é necessário entender o que está acontecendo, e só um profissional de saúde infantil poderá de fato analisar e diagnosticar de forma qualificada. Então, normalmente o pediatra faz perguntas sobre histórico familiar da criança, genética, biotipo familiar, pergunta sobre a rotina da criança, nível de atividade física, hábitos alimentares, e pode ser que também peça exames. Tudo isso para entender se realmente o resultado encontrado requer intervenção.

Por exemplo, nem toda criança que apresenta peso abaixo do normal, baixo peso, está desnutrida. O IMC Infantil abaixo da média para uma criança que come bem, e alimentos de qualidade, requer saber se a criança esteve doente por longos períodos, e o profissional poderia até pedir exame para checar uma possível anemia. É sempre necessario uma checagem para entender se será necessário algum tipo de intervenção.

O IMC é um dado inicial, mas não é o único para entender sobre a saudabilidade de uma criança. Porém, existem alguns pontos que contribuem para isso de uma forma geral:

  • Uma dieta não deve ser rica em açúcares e gorduras, pois podem causar sobrepeso e obesidade.
  • A criança deve brincar, correr e praticar algum esporte.
  • É importante que a família toda se alimente bem, para a criança começar a consumir alimentos saudáveis.

Em suma, lembre-se sempre que as consultas com o pediatra são fundamentais para fazer todos os acompanhamentos possíveis, inclusive no que diz respeito ao peso da criança e as melhores atitudes a serem tomadas para fortalecer hábitos cada vez mais saudáveis.

Qual o melhor remédio para cólica de bebê?

Se você chegou até aqui, provavelmente procurando remédio para cólica de bebê, saiba que não está sozinha. O choro constante do bebê com cólica é algo muito difícil de explicar para quem não tem filhos. O cansaço dobra, a ansiedade aumenta e sensação de completa impotência toma conta dos pais que não sabem o que fazer. Principalmente mamães e papais de primeira viagem. Nesse momento, com certeza, há diversas pessoas procurando algo que ajude na situação.

Primeiro, saiba que a cólica é algo comum, e boa parte dos bebês têm. Ainda assim, ela não é simples de lidar. Noites em claro deixam qualquer um muito cansado e nem sempre as mamães possuem uma boa rede de apoio para esses momentos. Mas quando entendemos melhor como funciona o organismo do bebê e aprendemos a lidar com as mudanças constantes, tudo começa a melhorar. Algumas atitudes simples também podem ajudar bastante. Respire fundo e venha entender melhor como tudo funciona.

O que causa cólicas no bebê?

Antes de falarmos sobre remédio para cólica de bebê, vamos entender melhor o que causa a cólica.

Todos os recém-nascidos choram e às vezes ficam agitados. E durante os primeiros 3 meses de vida, eles choram mais do que em qualquer outro momento. Mas quando um bebê saudável chora por mais de 3 horas por dia, mais de 3 dias por semana, é muito provável que o bebê esteja com cólica.

Vale lembrar que cólica não significa que o bebê tenha problemas de saúde. Ela começa com aproximadamente 2 a 5 semanas de vida do bebê e, com o tempo, a cólica passa sozinha.

As cólicas também podem ser sinal de ingestão de ar na hora de mamar, ou mesmo quando o bebê usa mamadeira e apresenta alergia a algum componente da fórmula. Hoje em dia, inclusive, existem modelos de mamadeira anti-cólicas que diminuem muito a possibilidade de entrada de ar enquanto o bebê mama.

O padrão do choro da cólica é:

  • geralmente início da noite
  • choro agudo ou grito
  • por mais que você tente, o bebê parece não se acalmar
  • o bebê fica com o rostinho vermelho
  • o bebê puxa as perninhas ou arqueia as costas

Existe remédio caseiro para gases em bebê?

Existe algo do tempo das nossas vovós, que é passado de geração em geração, e ajuda muito em cólicas porque são capazes de relaxar a musculatura que se contrai por conta do desconforto. São as compressas quentes, que podem ser feitas com toalhas mornas ou bolsas térmicas.

Mas é necessário sempre fazer um teste sobre nossa própria pele para não correr o risco de queimar o bebê. A temperatura ideal é a morna, e no caso de utilização das bolsas térmicas, seja a de água quente, ou a de gel que se aquece no micro-ondas, recomenda-se envolvê-las também em panos antes de colocar sobre a barriguinha do bebê.

Outra dica de vovó, mas que só pode ser utilizada a partir dos seis meses, é dar um pouquinho de chá de camomila, erva‐doce ou hortelã, pois o bebê já estará apto para começar a experimentar novos alimentos além do leite.

Para bebês menores de 6 meses e que só mamam leite materno, não é aconselhável dar nada além do leite.

Outra medida que podemos tomar em casa para ajudar os pequenos com as cólicas é massagear a barriguinha do bebê, delicadamente, no sentido horário e, simular o movimento de bicicletinha com as perninhas, também com bastante delicadeza, para estimular a eliminação de gases e fezes. Mas é importante observar o bebê durante as manipulações para ver se o movimento alivia ou o deixa mais irritado, cada bebê é unico e alguns podem preferir ficar mais quietinhos no momento de dor.

Se for preciso, quando o quadro é muito agudo, você pode recorrer ao pediatra que receitará medicamentos apropriados para a eliminação dos gases. Geralmente esse tipo de remédio para cólica de bebê é inofensivo para a saúde do pequeno.

Medidas simples para evitar cólicas no bebê.

Algumas medidas simples adotadas no dia-a-dia podem ser um verdadeiro remédio para cólica de bebê. Acompanhe:

  1. Cheque se o bebê está satisfeito. Parece óbvio, mas algumas mamães de primeira viagem se confundem com o chorinho do bebê. Cheque se o bebê mamou apropriadamente (esvaziou as mamas, ou a mamadeira) e não está com fome.
  1. Sempre faça o bebê arrotar: é importante fazer o bebê arrotar após as mamadas, pois assim eliminam-se os gases da barriguinha, que ele possa ter ingerido ao mamar, além de ser muito mais seguro para o bebê dormir em seguida.
  1. Um tempo após as mamadas, massageie a barriguinha do bebê: em movimentos circulares e bem delicados, faça uma gostosa massagem na barriguinha do bebê. Utilize um óleo de massagem apropriado para bebês. Isso ajuda na digestão mais rápida e eficaz.
  1. Eleve a cabeça do bebê em relação ao seu corpinho na hora de mamar, e certifique que o bebê também pegou o peito ou o bico da mamadeira de forma correta, evitando assim a ingestão de ar junto ao leite. Outra dica é não aumentar os furos da mamadeiras, justamente para não correr esse e outros riscos, existe um motivo para serem confeccionadas assim.
  1. Aqui também podemos adotar os exercícios com as perninhas, com bastante delicadeza, faça “bicicletinha” com as perninhas do bebê, primeiro revezando as perninhas e depois fazendo com as duas simultaneamente. Esse tipo de exercício estimula o intestino.
  2. Use o ofurô: as banheirinhas em formato de ofurô são excelentes para fazer banhos de imersão bem quentinhos, isso ajuda a acalmar o bebê e de quebra, aliviar as cólicas.
  3. A mãe que amamenta pode também fazer um diário anotando a sua alimentação versus o bem-estar do bebê, para verificar se algum alimento específico pode estar influenciando nas cólicas do bebê.

Essas medidas simples servem como remédio para cólica do bebê e ajudam muito no dia a dia. Lembre-se que a cólica, apesar de ser um período bem cansativo, passa rapidamente e em breve seu bebê não sentirá mais nada.

Porém, se você percebe que o caso é agudo, e inclusive o remédio receitado pelo pediatra não surte muito efeito, deve-se pensar numa possivel intolerância ou alergia alimentar, mesmo que o bebê seja só amamentado no peito. O leite da mãe é influenciado pela sua alimentação, e o médico poderá pedir exames de sangue para o bebê para investigar. Caso acuse reação a algum tipo de alimento, o pediatra orientará a mudança necessária, tanto na alimentação do bebê e/ou na alimentação da mãe, em caso de amamentação.

E ainda, descartadas as alergias, existe a possibilidade do bebê ter a doença do refluxo gastroesofágico. Porém esta vem associada a muitas regorgitações, muitas trocas de babadores e roupas, e dificuldade de ganho de peso. O médico é quem poderá diagnosticar corretamente, ou ainda encaminhar para um gastropediatra analisar o caso.

Síndrome Mão-Pé-Boca.

Causada por um vírus, a síndrome mão-pé-boca é uma doença comum no Brasil, que atinge principalmente crianças em idade pré-escolar. Os casos anuais chegam a 150 mil e, por ser contagiosa, a criança precisa ficar afastada dos coleguinhas enquanto estiver se recuperando.

Apesar de apresentar sintomas muito incômodos, a doença não é grave e passa dentro de 7 a 10 dias, sem a necessidade de intervenção; apenas medicamentos para os sintomas são ministrados.

Confira a seguir algumas informações sobre a doença mão-pé-boca  e o que fazer se seu filho contrair.

O que é a síndrome mão-pé-boca?

A síndrome mão-pé-boca,  também é conhecida como HFMD (sigla em inglês para hand, foot, mouth disease), é um conjunto de sintomas, circulante no Brasil desde a década de 50. Ela acomete mais no período do outono e no começo do inverno, que é quando aparecem mais os “surtos”.

Embora também apareça em adultos, a doença atinge principalmente crianças em idade pré-escolar, principalmente entre 3 e 4 anos. Os principais sintomas são:

  • Febre alta, acima de 38º;
  • Irritabilidade;
  • Perda de apetite;
  • Fadiga e mal-estar;
  • Dor de garganta;
  • Lesão bucal;
  • Muita salivação;
  • Vômito;
  • Em alguns casos, diarreia.

Além disso, é comum aparecer bolhas e erupções vermelhas, não dolorosas, em mão-pé-boca, o que é bem característico do quadro, facilitando, inclusive, o diagnóstico. Geralmente são manchinhas cinza com base avermelhada.

Como o vírus causador da doença, o Coxsackie, está normalmente no sistema digestivo, a transmissão se dá por via oral ou fecal; através do contato direto com secreções respiratórias e de alimentos contaminados.

Como as crianças pequenas levam muitas vezes objetos ou as próprias mãos à boca, e nem sempre fazem a higienização corretamente sem auxílio, elas são as mais propensas a pegar o vírus.

A primeira semana é o período em que mais se corre o risco de transmitir o vírus. Portanto, é muito importante manter a criança afastada do convívio com os coleguinhas durante esse período, e avisar a escola.

O período de incubação do vírus é de 4 a 6 dias, e o primeiro sintoma é justamente a febre alta.

O pediatra com certeza dará um atestado médico junto ao pedido de afastamento para que a criança fique em casa até sarar completamente. Quando há muitos casos na mesma região e aparece em curto período, é possível que seja um surto, então todo cuidado é pouco.

Tratamento da Doença Mão-pé-boca.

Após o diagnóstico, é importante hidratar bastante a criança. Essa parte é mais complicada do que parece já que, por conta da dor na garganta e dificuldade para engolir, a criança pode rejeitar beber água ou outros líquidos. Certifique-se que a criança está ingerindo aos poucos a água, mesmo que em pequenas quantidades por vez.

Não há um tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca. A criança pode tomar medicamentos de venda livre para aliviar a febre e a dor causada por feridas na boca. Mas é importante que sejam medicamentos recomendados pelo pediatra que acompanha a criança. Nunca dê aspirina para crianças.

Quando procurar o hospital?

Como já dissemos anteriormente, não é necessário fazer nada de específico para tratar a síndrome mão-pé-boca,mas em alguns casos, pode ser preciso levar a criança ao hospital ou pronto-socorro. Observe se:

  • Seu filho não está bebendo o suficiente para se manter hidratado e teve vômito e diarreia nas últimas 24 horas.
  • Os sintomas não melhoram após 15 dias: esse é o tempo máximo para o vírus ir embora ou a criança apresentar significativa melhora.
  • Seu filho tem um sistema imunológico delicado, ou já apresentou outras doenças recentemente.
  • Os sintomas parecem muito mais graves do que nos primeiros dias da doença
  • Seu bebê tem menos de seis meses

Em qualquer uma das hipóteses acima, leve seu filho ao médico imediatamente.

Como prevenir a doença mão-pé-boca.

Como ainda não existe uma vacina para o vírus, a melhor maneira para evitar a doença mão-pé-boca é manter a higiene sempre em dia. Tome todos os cuidados durante as trocas de fralda, lave sempre as mãos e ensine as crianças a fazerem o mesmo.

Também é importante manter a higiene dos objetos e brinquedos da criança, assim como bancadas e mesinhas que a criança utilize para comer, por exemplo.

Melhores modelos de roupa infantil.

Encontrar roupa infantil para crianças em crescimento pode ser um verdadeiro desafio. As roupinhas de bebê, por exemplo, são as primeiras que a criança “perde”, porque param de servir rapidinho.

Também é importante equilibrar custo e qualidade; algumas peças não tem boa longevidade e acabam não compensando o preço, por mais barato que possa parecer. Quanto maior a qualidade da peça, mais tempo a criança vai conseguir usá-la e, o melhor: outras crianças também poderão usar.

Outro ponto importante a considerar é o conforto da roupa infantil. Para evitar alergias ou até mesmo machucados, vale a pena evitar certas roupas e procurar algo confortável e que não aperte ou faça coçar. Crianças gostam de correr e brincar. Qualquer peça que impeça os movimentos é uma péssima escolha! A seguir, separamos mais algumas dicas especiais sobre roupa infantil. Confira!

Criança se veste como criança!

Além do conforto, outro item importante a ser considerado é se a criança está vestida como criança. Parece óbvio, mas muitas pessoas ainda insistem em comprar roupas “adultizadas” e pouco funcionais em se tratando de crianças.

Certas peças de roupas não são recomendadas para crianças, não apenas por serem desconfortáveis, mas também por criar uma imagem adulta da criança, sexualizada ou nada infantil.

Um estudo recente feito por pesquisadoras da Universidade Kenyon, nos Estados Unidos, apontou que até 30% das roupas para meninas disponíveis no país são “sexy”. Para as pesquisadoras, o número é chocante e precisa ser combatido; já que, vestindo-se de forma “sexualizante” a menina vai criando uma questão de identidade sexual já muito jovem, avaliando seu corpo segundo um modelo sexualizado de atratividade feminina. O que pode criar uma associação problemática entre sua percepção corporal e a aceitação social, e que terão sido moldadas nesses primeiros anos.

Aprendendo a se vestir sozinho.

O nível de desenvolvimento físico e coordenação varia de criança para criança, e é um item a ser levado em consideração na hora de comprar roupas para seu filho. É interessante pensar que seja algo mais apropriado a idade, do ponto de vista de desenvolvimento de autonomia da criança, que acontece nos primeiros anos. O interesse das crianças pelas roupas muda à medida que sua coordenação e corpo se desenvolvem.

Aqui estão algumas diretrizes gerais:

  • 1 – 2 anos: vai estender os braços e as pernas ao se vestir, começa a tirar meias, luvas, abrir zíperes e tenta calçar sapatos sozinha.
  • 2 – 3 anos: ajuda a levantar ou abaixar as calças, tira os sapatos desamarrados, ajuda a colocar os braços nas mangas e as pernas nas calças. Começa a querer “escolher” o que quer vestir, demonstrando preferência por uma camiseta ou blusa, por exemplo.
  • 3 – 4 anos: consegue vestir-se sozinho com ajuda, mas tem dificuldade em distinguir frente de trás e direita de esquerda.
  • 4 – 5 anos: pode vestir-se sozinho, mas costuma pedir ajuda com detalhes como fechos, laços ou botões pequenos. No entanto, despe-se sozinho com facilidade.
  • 5 – 7 anos: Já pode vestir-se e despir-se sozinho.

Dicas gerais sobre roupa infantil.

Para os bebês e crianças muito pequenas, escolha roupas que sejam fáceis de colocar e tirar. Evite roupas com várias peças que devem ser colocadas uma de cada vez e itens com muitos botões, zíperes ou colchetes. Com recém-nascidos, evite roupas que devam ser puxadas sobre a cabeça. Prefira as que abrem no ombro. Quanto ao tecido da roupa infantil, os de algodão e mistura de algodão são absorventes e confortáveis para crianças pequenas.

Nos vestidos infantis, evite decotes, cavas, mangas e cinturas desconfortavelmente pequenos e elásticos muito apertados. Isso também vale para as faixas de cabeça ou calçados como sandália ou mini melissa.

Tecidos ásperos podem irritar a pele sensível de uma criança. Roupas de malha são excelentes escolhas para roupas infantis porque:

  • permite ventilação, mas fornece calor;
  • molda-se à forma do corpo sem restringir o movimento do corpo;
  • são macios contra a pele;
  • “estica” para facilitar na hora de vestir.

Para pijama infantil vale a dica do conforto e do tecido de algodão, mas também lembre-se da máxima “menos é mais”: evite pijamas muito compridos ou com muitos detalhes (principalmente aqueles que parecem fantasias), pois podem causar sufocamento ou acidentes como escorregões e tropeços.

Para a escolinha, se não houver uniforme escolar (de verão e de inverno), invista em tecidos que secam com facilidade e que permitem liberdade de movimentos. Para brincadeiras no parquinho, os tênis ou crocs infantil são a melhor opção. Para sair, o all star infantil ainda é um dos mais procurados por serem leves e combinarem com roupas diversas.

Perinatal: conceito e saúde mental.

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Ter um bebê é algo muito empolgante para muitas famílias. No entanto, o período perinatal pode ser bem mais desafiador. Isso porque enquanto as mulheres fazem vários exames físicos, sua saúde mental acaba ficando esquecida. E muitas mamães acabam sofrendo em silêncio por condições que passaria melhor com apoio profissional e que, muitas vezes, não sabem identificar.

Mesmo cercada pelos cuidados do pai do bebê, de amigos ou familiares, toda mulher pode ficar exposta a situações desafiadoras no período perinatal, dificultando a criação de laços afetivos com a criança, o que impacta seu desenvolvimento sadio.

As pessoas que estão no entorno da mulher e o bebê durante esse período devem ficar atentos para identificar quando algo não vai bem para apoiar a mamãe e buscar, com ela, um profissional para ajudar nesse momento. O apoio correto conseguirá deixar a mãe no centro do cuidado, e não somente o recém-nascido, apoiando-a de maneira saudável.

O conceito de período perinatal

O período perinatal é o período entre estar grávida e até um ano após o parto. Ele envolve o pré-natal, parto e pós-parto (ou puerpério). Nessa fase, observa-se a mãe e o feto afim de identificar condições que possam afetar o parto, tanto quanto a saúde da mãe, quanto do bebê, do ponto de vista físico e psicológico. Estes acontecimentos são estudados e tratados por um ramo da medicina chamado Perinatologia. Veja:

  • Pré-natal significa ‘antes do nascimento’
  • Pós-parto significa ‘após o nascimento’

Não há palavra certa ou errada para descrever o tempo em torno da gravidez e após o nascimento. Mas alguns especialistas preferem assumir o perinatal como o período entre as 20 primeiras semanadas de gestação e até o corpo da mãe voltar a ser o que era antes da gestação. É como se o período perinatal englobasse toda a passagem dessa mulher pela experiência do nascimento de um filho.

Cuidando da saúde mental da mãe

Noites mal dormidas, muito cansaço e alterações hormonais podem deixar a mãe bem sensível no período perinatal. Olhar-se no espelho e ver as diferenças no corpo, o acúmulo de sono e cansaço geram fadiga extrema e, somando-se a isso, a responsabilidade de ter de cuidar de uma nova vida podem gerar transtorno de ansiedade, episódios de baby blues ou até mesmo depressão pós-parto.

Algumas mulheres terão doenças de moderadas a severas, que precisarão de apoio de especialistas. Por isso o período perinatal é um período que requer muita atenção de todos ao redor da mãe, de sua rede de apoio. Assim que identificarem algo que possam estar prejudicando seu bem-estar, o ideal é procurar apoio de uma terapia perinatal.

Importância da psicologia perinatal

A psicologia perinatal começou a ganhar espaço no Brasil a partir da década de 70. Os profissionais dessa área atuam auxiliando mães com dificuldades pré e pós-parto, e também bebês que apresentem alguma dificuldade já na primeira infância.

Segundo a OMS, dentre todas as fases da vida da mulher, é no período perinatal que ela está mais propensa a desenvolver alterações emocionais sérias, que podem resultar até mesmo em doenças mentais.

Assim sendo, a psicologia perinatal é de extrema importância e deve ser vista como parte fundamental da vida da mãe e do bebê no período perinatal.

Diferença entre baby blues e depressão pós-parto

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 25% das mães brasileiras passam por episódios de baby blues ou mesmo depressão pós-parto. Mas você sabe a diferença entre essas duas situações?

  • O baby blues é um quadro de infelicidade generalizada com alterações de humor, e não é uma doença propriamente dita. É um período marcado por melancolia extrema da mãe, logo após o parto, e pode apresentar medo de não conseguir cuidar do bebê. Até pais podem sentir-se assim durante os primeiros dias de vida da criança, por não estarem adaptados a paternidade e o que isso acarreta.
  • Já a depressão pós-parto caracteriza-se por ser mais grave e precisar de tratamento rigoroso, em muitos casos. Aqui a mãe se vê em tristeza profunda persistente, com pensamentos repetitivos que podem causar mal a si e até mesmo ao bebê. Nesses casos a intervenção de uma psicóloga perinatal é ainda mais recomendado para o tratamento, que deve começar quanto antes.

Como você pode ver, o apoio perinatal precisa ser discutido e conhecido por todos, pois não se trata de observar e acompanhar somente os aspectos físicos da mãe e da criança, nem tampouco esse apoio perinatal emocional é recomendado somente em casos de gestações de risco, gravidez provinda de abuso, tratamento de fertilização, depressão pós-parto etc. Mas como dissemos anteriormente, todas as mulheres estão propensas a enfrentar um período turbulento durante a gestação, parto e pós-chegada do bebê.

A saúde mental é muito importante e qualquer desconforto prolongado e repetitivo não pode jamais ser deixada de lado, para o bem da mãe e do desenvolvimento infantil da criança.